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quinta-feira, 22 de junho de 2017

AULA 3 - As representações cartográficas

Movimentos da Terra

    O planeta Terra está em movimento, e dois deles são fundamentais: o de rotação e o de translação
    O movimento de rotação é o que a Terra realiza ao redor de seu próprio eixo; o de translação é o movimento que ela executa ao redor do Sol. Do movimento de rotação decorre a sucessão dos dias e das noites. O fato de a Terra realizar o movimento de rotação em torno de um eixo imaginário, inclinado em 23o 27’, associado ao movimento de translação, define as estações do ano. As mudanças de estação são marcadas pelos solstícios (de verão e de inverno) e pelos equinócios (de primavera e de outono). 
    Nos solstícios de verão, o Sol incide perpendicularmente sobre os trópicos – no trópico de Câncer, quando é verão no hemisfério Norte, e no de Capricórnio, quando é verão no hemisfério Sul –, ocasionando os dias de maior duração do ano. Simultaneamente, no hemisfério em que ocorre o solstício de inverno, essa relação é inversa. Os equinócios ocorrem quando a luz solar incide igualmente nos dois hemisférios, fazendo com que a duração dos dias e das noites seja igual.

Orientação

    Localizar ou dizer que um corpo está em movimento só é possível em função de algum referencial, que pode ser qualquer objeto: uma pessoa, um local, os corpos celestes. Os referenciais adotados nos mapas são os pontos cardeais (norte, sul, leste ou este e oeste).
    O norte magnético é determinado pelo campo magnético da Terra, cuja localização é variável ao longo do tempo geológico, pois depende dos movimentos realizados pela camada externa do núcleo terrestre; já o norte geográfico foi definido geo- metricamente quando se dividiu a Terra em dois hemisférios a partir de seu eixo de inclinação em relação ao plano equatorial solar. O polo, nesse caso, corresponde ao centro por onde passa o eixo.
    A localização do norte magnético é muito próxima à do norte geográfico.

Coordenadas geográficas

    A linha do Equador é uma linha imaginária que divide a Terra em duas meias esferas: o hemisfério Norte ou Setentrional e o hemisfério Sul ou Meridional. O meridiano de Greenwich também é uma linha imaginária que divide o nosso planeta em duas meias esferas: a metade esquerda representa o oeste, ou hemisfério Ocidental, e a metade direita é o leste, ou hemisfério Oriental.
    Para localizar um ponto qualquer sobre a superfície terrestre, devemos pensar em sua posição em relação às duas linhas imaginárias. Sua posição em relação à linha do Equador chama-se latitude; se a referência for o meridiano de Greenwich, trata-se da longitude. Portanto, a latitude refere-se à distância, medida em graus, de qualquer ponto da superfície terrestre em relação à linha do Equador (latitudes norte e sul), e a longitude refere -se à distância, medida em graus, de qualquer ponto em relação ao meridiano de Greenwich (longitudes leste e oeste). 
    As linhas horizontais que formam uma série de círculos concêntricos a partir do Equador são os paralelos e assinalam as latitudes.
    As linhas verticais que unem os dois polos são os meridianos e assinalam as longitudes. A intersecção dessas linhas estabelece um sistema de coordenadas geográficas que permite a localização de qualquer ponto sobre a superfície terrestre.

Fusos horários

    A alternância entre dias e noites depende do movimento de rotação da Terra, que se completa em torno de 24 horas.
    A verificação disso implicou a divisão da Terra em 24 partes ou fusos horários, ao longo do traçado dos meridianos. A Terra, como um corpo esférico, possui 360o. Isso significa que os fusos são separados entre si por segmentos de 15o, cada um deles representando uma hora. 
    O meridiano de Greenwich é, novamente, o meridiano de referência. O meridiano oposto ao de Greenwich, do outro lado da Terra, chama-se linha de mudança de data. Portanto, como a Terra está dividida em 24 fusos, quando forem 12 horas em Greenwich, será meia-noite no meridiano oposto.
    Três fusos atravessam o Brasil. Comparando os pontos extremos, quando Rio Branco (AC) assinala 10 horas, em Brasília (DF) são 11 horas e no arquipélago de Fernando de Noronha (PE), 12 horas. Durante o horário de verão, a disposição dos fusos continua a mesma, embora nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste os relógios sejam adiantados uma hora. Brasília, nesse caso, assinalaria o mesmo horário de Fernando de Noronha.
As regiões Norte e Nordeste não adotam horário de verão.

Linha internacional de mudança de data

    Os 24 fusos horários são linhas imaginárias que, como os meridianos, riscam a Terra de um polo a outro. Ao se deslocar para oeste, a partir de Greenwich, uma pessoa terá de subtrair uma hora para cada fuso. O raciocínio será o mesmo se ela se deslocar para leste, embora, nesse caso, em vez de subtrair, ela tenha de adicionar uma hora para cada fuso. Na representação do mapa a seguir, de Greenwich a Brasília, são três horas de variação (três fusos); de Greenwich até Tóquio, há nove fusos e, portanto, nove horas separam Greenwich de Tóquio. Se em Londres são 9 horas, em Tóquio são 18 horas e em Brasília, 6 horas. Portanto, entre Brasília e Tóquio há 12 horas de diferença.




 Diferentes formas de representação do espaço

    A Geografia se preocupa com a espacialização dos fenômenos, daí a necessidade de compreender a construção dos diversos tipos de representações gráficas (croquis, mapas, gráficos). É a natureza do objeto estudado que orientará a escolha da forma de representação. Variáveis contínuas, como a temperatura do ar, requerem um tipo de representação que evoque a noção de “ordem” e “variação gradativa”. Nesse caso, a representação vai do mais frio para o mais quente, associada a uma variação que vai de cores frias (violeta, azul e verde) para cores quentes (vermelho, laranja e amarelo). Além disso, cidades, áreas florestais e agrícolas não possuem uma clara continuidade espacial. São objetos localizados no espaço − ou variáveis discretas −, podendo ser traduzidos por um ponto ou mancha (área) com cores diferenciadas e/ou contrastantes.


Escalas de mapas, cartas e plantas

    De acordo com o nível de detalhe, ou seja, com a escala daquilo que está sendo representado, as representações apresentam várias subdivisões.
  • ·  Plantas cadastrais. A escala varia de 1:200 a 1:10 000. Nelas acham-se representados lotes residenciais, ruas, avenidas, praças, etc. A regularização de um imóvel ou a legalização de um loteamento requerem esse tipo de documento, obtido nas prefeituras municipais. 
  • ·  Cartas topográficas. A escala varia de 1:10 000 a 1:100 000. É o tipo de mapa no qual se registra a representação de rios, lagos, áreas inundáveis, altitudes, vegetação, vias de tráfego e comunicação, áreas urbanas, represas, etc. 
  • ·  Mapas regionais (escala de 1:100 000 a 1:1 000 000). Normalmente representam unidades administrativas. 
  • ·         Mapas-múndi (escala de 1:5 000 000 ou superior).

 O produto que melhor expressa esse tipo de representação é o atlas.  

Projeções cartográficas

    Como os mapas constituem representações planas (bidimensionais), a transformação do globo num mapa implica uma série de distorções nas formas, nas áreas e nas distâncias da superfície da Terra. Para isso são utilizadas as projeções cartográficas, que se baseiam em relações geométricas e matemáticas e são classificadas em cilíndricas, cônicas e planas.
  • Projeções cilíndricas. A esfera terrestre é envolvida por um cilindro, no qual são projetados os meridianos e os paralelos. As áreas são conservadas, mas os ângulos são deformados, principalmente nas altas latitudes, o que pode gerar interpretações erradas quanto à extensão e às distâncias dos objetos representados. 
  • Projeções cônicas. A esfera terrestre é envolvida por um cone. Destacam-se as formas de pequenas feições, daí sua utilização na representação de localidades com latitudes médias. Quanto mais se aumentam as latitudes, maior é a distorção. 
  • Projeções planas. Também denominadas azimutais ou zenitais, resultam da projeção da superfície esférica sobre um plano. Quanto mais nos afastamos do ponto em que o plano tangencia a esfera terrestre, mais a distorção aumenta. 


As diferentes escalas

    A relação entre o tamanho (ou proporção) dos elementos representados em um mapa e o tamanho correspondente medido sobre o terreno (superfície real) é definida pela escala. Diferentes escalas são aplicadas à realidade conforme os objetivos da pesquisa ou daquilo que se quer representar. É evidente que, quando se reduz um objeto, ocorre a supressão de uma série de detalhes, mas, ao mesmo tempo, abre-se espaço para representar aquilo que realmente interessa.
    Há três modos de exprimir a escala. Na forma numérica: 1:250 000, 1/250 000; lê-se “um para duzentos e cinquenta mil”, ou seja, 1 cm no mapa equivale a 250 000 cm no terreno. Na forma nominal: 1 cm = 2 500 m  ou 2,5 km. Na forma gráfica, como na figura a seguir.



Como calcular escalas

    Ao transformar a escala gráfica em numérica, é necessário saber quanto 1 centímetro no mapa vale em quilômetros no terreno. Se 0,8 cm equivale a 90 km, 1 cm é equivalente a 112,5 km. Então, a escala numérica corresponde a 1:11 250 000.
    Se o mapa trouxer a escala numérica, basta multiplicar a escala (em centímetros) pelo valor da distância medida no mapa com a régua (também em centímetros). Se o mapa fosse ampliado ou reduzido, a escala gráfica acompanharia essa transformação, o que implicaria um novo cálculo das distâncias, embora a distância real permanecesse a mesma.

A cartografia de base

    Um dos produtos da cartografia de base mais amplamente utilizados são as cartas topográficas (topografia significa descrição do local), um tipo de representação que visa identificar e detalhar com exatidão elementos da superfície terrestre, como cursos d’água, altitudes, vegetação, vias de comunicação, etc.
    O relevo, um dos aspectos mais importantes da carta topográfica, é obtido pela representação do terreno em curvas de nível (isolinhas de altitude), um feixe de linhas paralelas que une pontos de igual valor de altitude. Da intersecção dessas linhas obtém-se o perfil do terreno, por meio do qual é fácil visualizar as porções elevadas e baixas do terreno. Da sucessão de perfis é possível construir o bloco diagrama.

  

A representação das cartas topográficas 

    Numa carta topográfica, as curvas de nível que estão mais próximas indicam os setores mais íngremes do terreno; quanto mais espaçadas as linhas, menor a declividade do terreno.


A cartografia temática 

    Sobre uma carta topográfica podem ser desenvolvidos diversos produtos temáticos. Os mapas de um atlas, além de empregarem elementos produzidos pela cartografia de base, como escala, coordenadas cartográficas, orientação e determinado tipo de projeção, ainda tratam, cada um deles, de assuntos diversos: população, clima, geologia, etc. É nesse tratamento dos dados e na informação diversificada que reside o objeto da cartografia temática, que se utiliza de variáveis visuais, como tamanho, granulação, valor, forma, orientação e cor, para representar as propriedades de objetos diferenciados, como concentração populacional, área urbana ou rural, etc. 
    Num mapa, qualquer objeto pode ser representado por um símbolo (variável visual), desde que indicado na legenda. Esse símbolo pode transmitir também a ideia de quantas vezes um objeto é maior do que outro. Ao elaborar um mapa, é importante pensar nos elementos abordados (as dimensões do plano, variáveis visuais e propriedades perceptivas), aliados às características do fenômeno. Assim, a Cartografia possibilita ampliar o conhecimento a partir das relações entre a realidade e as diversas formas de representação dessa realidade, o que faz dela uma ciência.


Construção e leitura de gráficos 

    Os gráficos privilegiam a quantidade de elementos, relacionando os dados com variáveis numéricas, mas não mostram a localização desses elementos, que é o papel dos mapas. Os gráficos podem ser de linhas, de barras e circulares. Quando os dados são transportados para um gráfico, a leitura torna-se mais fácil por permitir a visualização imediata. 


A representação conjunta por gráficos, mapas e tabelas 

    A escolha do tipo de representação gráfica depende do objetivo da pesquisa e das características do objeto a ser representado. Entretanto, pode-se aliar mais de uma forma de representação. No mapa a seguir, que representa a população do Brasil, localiza-se o fenômeno, e o gráfico de barras estabelece a comparação desses dados.




ATIVIDADES

ENEM 2003

Existem diferentes formas de representação plana da superfície da Terra (planisfério).
Os planisférios de Mercator e de Peters são atualmente os mais utilizados.
Apesar de usarem projeções, respectivamente, conforme e equivalente, ambas utilizam como base da projeção o modelo:


ENEM 2002

O mercado financeiro mundial funciona 24 horas por dia. As bolsas de valores estão articuladas, mesmo abrindo e fechando em diferentes horários, como ocorre com as bolsas de Nova York, Londres, Pequim e São Paulo. Todas as pessoas que, por exemplo, estão envolvidas com exportações e importações de mercadorias precisam conhecer os fusos horários para fazer o melhor uso dessas informações.


Considerando que as bolsas de valores começam a funcionar às 09:00 horas da manhã e que um investidor mora em Porto Alegre, pode-se afirmar que os horários em que ele deve consultar as bolsas e a seqüência em que as informações são obtidas estão corretos na alternativa:

a) Pequim (20:00 horas), Nova York (07:00 horas) e Londres (12:00 horas).
b) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas) e Pequim (20:00 horas).
c) Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas) e Nova York (07:00 horas).
d) Nova York (07:00 horas), Londres (12:00 horas), Pequim (20:00 horas).
e) Nova York (07:00 horas), Pequim (20:00 horas), Londres (12:00 horas).





AULA 2 - Como saber a que século um ano pertence?


Quando tratamos de história precisamos saber que:


História é conjunto de conhecimentos relativos ao passado da humanidade e sua evolução, segundo o lugar, a época, o ponto de vista escolhido. Então falaremos do tempo que é a forma de organizar o passado e o presente!

Tempo na Ciência nada mais é do que o movimento da Terra em torno do Sol e do próprio eixo. Cada volta em torno do próprio eixo representa o tempo de um dia, e em torno do sol é o tempo de um ano. 
Exemplo: quem tem 15 anos de idade, tem 15 voltas completas em torno do sol.

Acabamos de aprender uma forma de organizar os dias, meses, anos e séculos.

Mas como saber em que século estamos?

Como saber a que século um ano pertence?

Muitas vezes as pessoas se confundem, você sabe em que século você está agora? A resposta é século 21, mas por que?

Para saber em que século estamos basta riscar os dois últimos números (da direita) do ano e acrescentar 1
Veja os exemplos
Ano 2012 –> 2012 – 20 + 1 – século 21
Ano 1515 –> 1515 – 15 + 1 – século 16
Ano 325 –> 325 – 3 + 1 – século 4
Ano 33 –> 33 – 0 + 1 – século 1
Ano 45678 –> 45678 – 456+1 – século 457


Há uma única exceção. Se o ano terminar com 00 então não somamos 1
Veja
1500 – século 15
2000 – século 20


Outra coisa importante sobre os séculos é que normalmente usamos os algarismos romanos para identifica-los. Você não sabe como usar os algarismos romanos? Veja aí uma tabela
I = 1
V = 5
X = 10
L = 50
C = 100
D = 500
M = 1000 


Todos os números escritos à direita do maior valor são acrescentados, e os escritos à esquerda são subtraídos.
IV = 4
VI = 6
IX = 9
XI = 11
XIII = 13
XIV = 14
XVII = 17



Ficou alguma dúvida?

Vamos testar:

1- De acordo com os anos listados a baixo calcule o século a quem eles pertencem:

a- 1999: 

b- 1997: 

c- 1532: 

d- 476:

e- 1888: 

f- 1900: 

g- 1400: 

h- 1411: 

i- 900: 

"O ESTUDO É ANTES DE TUDO, UM ETERNO APRENDIZADO!"BEIJOS.



quarta-feira, 7 de junho de 2017

AULA 1 - Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade – Cultura material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil.

Cultura, memória e identidade

ATIVIDADE 1

Com base em toda leitura que faremos monte suas conclusões e opiniões que será mais fácil para estudar.

VOCÊ TEM HISTÓRIA?
VOCÊ TEM CULTURA?
            Todos nós temos uma história e uma memória individual. Podemos até mesmo construir uma linha do tempo de nossa trajetória escolhendo marcos que consideramos mais importantes, ou seja, que tenham um significado especial ou representem momentos de transformação em nossas vidas.
            Mas de que maneira essa nossa memória individual se relaciona com a história coletiva da sociedade? Como a minha identidade pessoal se relaciona com as ideias e valores da época em que vivo? Grande parte dos brasileiros dos séculos XX e XXI gosta de futebol, assim como os norte-americanos apreciam o basquete. Quer dizer, esse gosto individual do brasileiro se relaciona com um elemento da nossa cultura: o futebol. Podemos afirmar, portanto, que nosso gosto individual está diretamente ligado a uma história coletiva.
            Muitos outros elementos da nossa história individual poderiam ser considerados: as atividades profissionais que exercemos, as festas, músicas e formas de lazer de que gostamos. Enfim, essas preferências constituem a nossa identidade pessoal, mas estão diretamente relacionadas com a história da sociedade em que vivemos.
Imagine que você tivesse nascido no século XVIII em Pernambuco. Certamente você não seria um trabalhador da indústria, nem consertaria carros, nem gravaria discos. Poderia ser um cantor lírico, um carregador do porto ou um especialista na
produção de açúcar.
            Vamos refletir agora sobre o lazer em diferentes épocas: no século XIX, quem gostava de ouvir música ou dançar precisava frequentar uma casa noturna ou reunir a família no próprio domicílio.
            As famílias mais ricas tinham sempre um piano em sua residência, enquanto as mais pobres, em geral, utilizavam o violão, o cavaquinho e a flauta.
            Pode-se então afirmar que a relação que as pessoas mantinham com a música era bastante diferente da que ocorre nos dias atuais. Não era possível comprar um cd-áudio e ouvir as canções de um compositor; era necessário saber tocar um instrumento.
            O que mudou no século XX? Como as pessoas apreciam música hoje? Que tecnologias foram sendo desenvolvidas ao longo desse século que mudaram essa maneira de se relacionar com a música? Podemos dizer que essas mudanças estão ligadas ao desenvolvimento da sociedade capitalista? De fato, muita coisa mudou no século XX: foram inventados aparelhos para reproduzir música (gramofone, toca-discos, toca-fitas e toca-cd), o rádio e a televisão, dentre outros. Com todos esses recursos, ouvir música deixou de ser necessariamente um evento coletivo, não sendo mais necessário ter formação musical. Essas mudanças estão diretamente relacionadas com o  desenvolvimento da sociedade capitalista, já que, ao longo do século XX, muitas invenções permitiram que novos produtos e hábitos fossem criados. Surgiu a indústria de aparelhos eletrônicos e também fonográficos, que produz discos e contrata os artistas. Desse modo, nossos hábitos atuais com relação à música não dizem respeito apenas ao nosso gosto pessoal, mas precisam ser entendidos a partir do contexto social em que vivemos.

NOSSA IDENTIDADE SOCIAL
Além da identidade pessoal, existe também a identidade social. O que nos faz brasileiros, tão diferentes de japoneses, franceses ou norteamericanos? A cultura.
Isso não significa dizer que todo o brasileiro seja da mesma forma, mas que reconhecemos que a identidade social do brasileiro se afirma através dos vários hábitos e costumes semelhantes. Mesmo que eu não goste de futebol, o Brasil continuará a
ser reconhecido como o país do futebol.
Procure conversar com as pessoas que você conhece (de preferência com idade, sexo e profissões diferentes). Verifique o que elas consideram que seja característico do brasileiro e o que as diferenciam de pessoas de outros países e culturas. Podemos perguntar: o que faz de você um brasileiro que é diferente de um habitante de outro país? Que hábitos pessoais você tem que podem ser considerados como próprios da cultura brasileira? É importante lembrar que “ter cultura” não significa apenas ler um grande número de livros, conhecer óperas e compositores eruditos, frequentar os teatros e os cinemas. O que denominamos de cultura nas ciências humanas está diretamente ligado ao modo de vida de cada sociedade. O fato de os hindus não comerem carne é um elemento da cultura, que está relacionado com uma crença religiosa, um símbolo, pois os animais bovinos têm um caráter sagrado. O mesmo rato que pode servir de alimento na China causa aversão aos brasileiros. O rato simboliza, para nós, a sujeira, não podendo jamais estar presente em nossas refeições. Esses exemplos fazem parte da cultura, ou seja, relacionam-se com o modo como vivemos e os símbolos que produzimos, indicando comportamentos e regras sociais.
Considerando as afirmações acima, podemos dizer que existe uma única cultura para os muitos povos? A valorização e o significado que um povo atribui a um objeto ou animal é uma criação cultural? Os exemplos acima já nos mostram que
não há uma única cultura, mas sim uma grande diversidade cultural. Cada povo cria e transforma a sua cultura ao longo da sua história.
Homens russos costumam cumprimentar outros homens com um beijo na boca; já em outras culturas, as pessoas reprovam essa atitude, sendo o cumprimento de mão o mais adequado. Muitos hábitos são diferentes para homens e mulheres. Durante grande parte do século XX, não era bem visto por setores da sociedade o fato de mulheres fumarem em público. Tratava-se de uma atitude masculina que não condizia com o que se esperava de uma mulher.
Por fim, é importante lembrar que toda sociedade tem uma cultura. Os seres humanos da pré-história produziam seus instrumentos de trabalho, faziam pinturas em paredes de cavernas, tinham um modo de se vestir e criavam regras para a divisão do trabalho e organização da vida social. O mesmo ocorria com os seres humanos que viveram em outros períodos históricos e também conosco, que vivemos no Brasil do século XXI. Estando sempre ligados à história passada e presente, constituímos nossa
identidade individual e social que se reafirma a todo tempo através da cultura. Não se esqueça: nosso gosto pelo futebol nasceu da prática cotidiana desse esporte popular ao longo do século XX, ou seja, nossa identidade está diretamente relacionada com a história construída por todos nós. Muitos brasileiros, desde crianças, aprendem a gostar desse esporte. Sendo um esporte economicamente acessível e incentivado pela família e amigos, torna-se parte da própria cultura brasileira e de gosto popular.
Isso também ocorre com o papel que a mulher ocupa na sociedade. Sua maneira de ser, vestir-se e agir relaciona-se com a cultura e as regras sociais estabelecidas.

Cultura Material e Imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil
A diversidade cultural engloba as diferenças culturais que existem entre as pessoas, como a linguagem, danças, vestimenta, tradições e heranças físicas e biológicas, bem como a forma como as sociedades organizam-se conforme a sua concepção de moral e de religião, a forma como eles interagem com o ambiente etc.
O termo diversidade diz respeito à variedade e convivência de ideias, características ou elementos diferentes entre si, em determinado assunto, situação ou ambiente.
Se refere a crenças, comportamentos, valores, instituições, regras morais que permeiam e "preenchem" a sociedade. Explica e dá sentido à cosmologia social, é a identidade própria de um grupo humano em um território e num determinado período.

Cultura Material
Numa definição mais clássica, a cultura material pode assim ser entendida como o conjunto de artefatos criados pelo homem, combinando matérias-primas e tecnologia, o qual se distingue das estruturas fixas pelo seu caráter móvel.
A noção de cultura material, que, em princípio, se aplicaria apenas a objetos isolados, poderá ser alargada de forma a abranger quase todas as produções humanas, levando a que alguns estudiosos considerem a história da tecnologia, os estudos de folclore, a antropologia cultural, a arqueologia histórica, a geografia cultural e mesmo a história da arte como sub-campos de estudos de cultura material.

Cultura Imaterial
A cultura imaterial é o conhecimento que não foi ensinado por meio de livros, registros formais ou ensinamentos sistemáticos, mas sim, o conhecimento transmitido na prática, na forma oral ou por meio de gestos, de geração para geração. Tradição e transmissão de conhecimento são fatores essenciais para a continuidade da cultura intangível, também chamada de cultura imaterial, e para a construção da identidade um grupo, povo ou nação.
O patrimônio cultural de um povo não é composto apenas por elementos materiais, mas também através de manifestações da cultura imaterial, ele é constituído de práticas, representações, técnicas, objetos e lugares do mesmo.
Exemplos de bens imateriais que estão com o processo de registro em andamento são a capoeira, o teatro mamulengo e o complexo cultural do bumba-meu-boi do Maranhão, a Festa do Divino Espírito Santo de Pirenópolis, a Farmacopéia Popular do Cerrado e o Circo de Tradição Familiar...

Patrimônio Cultural pode ser definido como um bem (ou bens) de natureza material e imaterial considerado importante para a identidade da sociedade brasileira.
Carnaval com bonecos gigantes faz parte do Patrimônio Imaterial.
Segundo artigo 216 da Constituição Federal, configuram patrimônio “as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”
No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é responsável por promover e coordenar o processo de preservação e valorização do Patrimônio Cultural Brasileiro, em suas dimensões material e imaterial.
Os bens culturais imateriais estão relacionados aos saberes, às habilidades, às crenças, às práticas, ao modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais: conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades; manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas; rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social; além de mercados, feiras, santuários, praças e demais espaços onde se concentram e se reproduzem práticas culturais.
“A ideia básica quando se trabalha o termo CULTURA no Enem é atentar para PLURALIDADE da cultura brasileira.”
Entendemos como CULTURA IMATERIAL o conjunto de saberes, habilidades, crenças, práticas, modo de ser das pessoas. Desta forma podem ser considerados bens imateriais:
· conhecimentos enraizados no cotidiano das comunidades;
· manifestações literárias, musicais, plásticas, cênicas e lúdicas;
· rituais e festas que marcam a vivência coletiva da religiosidade, do entretenimento e de outras práticas da vida social.
Por outro lado, a CULTURA MATERIAL engloba os bens culturais classificados segundo sua natureza:
· arqueológicos : as pinturas rupestres em São Raimundo Nonato no Piauí ou o Parque dos Dinossauros, em Sousa na Paraíba.
· paisagístico : as Cataratas do Iguaçu, no Paraná, ou Lençóis, na Bahia;
· históricos : Ouro Preto em Minas Gerais ou Olinda em Pernambuco; e
· etnográficos : telas ou livros, por exemplo.
Assim a cultura material inclui os imóveis : prédios, conjuntos arquitetônicos, edificações, monumentos, praças, sítios históricos) e móveis : coleções arqueológicas, acervos museológicos, documentais, bibliográficos, arquivísticos, videográficos, fotográficos e cinematográficos.
Segundo artigo 216 da Constituição Federal, configuram patrimônio: “as formas de expressão; os modos de criar; as criações científicas, artísticas e tecnológicas; as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais; além de conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.”
No Brasil, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) é responsável por promover e coordenar o processo de preservação e valorização do Patrimônio Cultural Brasileiro, em suas dimensões materiais e imateriais. Conservar o patrimônio cultural é resgata a MEMÓRIA (armazenar o passado fazê-lo chegar até as novas gerações).
Imagem (A)

  

Imagem (B)

                                                                                                                                        

Imagem (C)






Imagem (D)


ATIVIDADE 2

De acordo com as imagens A, B, C e D classifique o que é patrimônio material e imaterial:

ATIVIDADE 3

Responda: 

A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio do processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto, do resgate ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor compreende-lo historicamente.
MINAS GERAIS. Cadernos do Arquivo 1: Escravidão em Minas Gerais.
Belo Horizonte: Arquivo Público Mineiro, 1988.
Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas
(A) Permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.
(B) Perderam a relação com o seu passado histórico.
(C) Derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
(D) Contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
(E) Demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação aos europeus.

A Constituição brasileira estabelece que o poder público deve promover e proteger a cultura nacional através daquilo que se convencionou designar como “patrimônio cultural brasileiro.” Esse “patrimônio” é formado por bens materiais e bens imateriais e que configuram uma identidade à ação e à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira. O órgão responsável pelo tombamento das culturas é o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) que reconhece atualmente 15 patrimônios imateriais, dentre eles:
(A) samba, capoeira e o acarajé
(B) frevo, Ouro Preto e a música caipira
(C) viola artesanal, cinema nacional e o samba
(D) Brasília, Pantanal mato-grossense e Amazônia
(E) judô, cancioneiro popular e a festa do Círio de Nazaré.

“Não quero que a minha casa seja cercada de muros por todos os lados, nem que minhas janelas sejam tapadas. Quero que as culturas de todas as terras sejam sopradas para dentro de minha casa, o mais livremente possível. Mas recuso-me a ser desapossado da minha por qualquer outra.” (GANDHI, M. Relatório do desenvolvimento humano 2004. In: TERRA, Lygia; COELHO, Marcos de A. Geografia geral. São Paulo: Moderna, 2005. p.137. )
Considerando-se as ideias pressupostas, o texto
(A) afirma que a globalização aumentou de modo sem precedentes, os contatos e a união entre os povos e seus valores, reforçando o respeito às diferenças socioculturais e evitando conflitos em todo o mundo.
(B) critica a intolerância com relação a outras culturas, gerando assim os conflitos comuns neste novo século.
(C) indica o reconhecimento à diversidade cultural, além das necessidades de respeito à identidade, seja étnica, seja cultural, seja religiosa próprias de cada povo.
(D) nega a existência da exclusão cultural e ressalta a homogeneização mundial e a superação/eliminação de fronteiras culturais como algo muito salutar.
(E) defende a padronização de um modelo cultural, consequência mais do que inevitável de um mundo globalizado.

Aguardo a resposta de vocês para lançar o gabarito. Já estou preparando o próximo conteúdo!




terça-feira, 30 de maio de 2017

REDAÇÃO NO ENEM


Dê uma olhada 


"Nosso objetivo é tornar o mais transparente possível a metodologia de avaliação da redação, bem como o que se espera do participante em cada uma das competências avaliadas. No sentido de deixar bem claros e exemplificar os critérios utilizados."



http://download.inep.gov.br/educacao_basica/enem/guia_participante/2016/manual_de_redacao_do_enem_2016.pdf

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quinta-feira, 4 de maio de 2017

Redação - 1

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